A ideia era escrever um livro sobre irmãos. Educação não violenta para irmãos, talvez. Eu tentei. Mas o livro não quis vir assim. Livro é um negócio vivo, decide a forma que quer assumir, se rebela. Entendi que ele queria existir como história.
“Mas eu não sou autora de ficção!”, pensei. A história estava viva, pronta pra vir ao mundo, mandou a minha insegurança à merda. Obedeci, porque apesar de toda a minha rebeldia inata, eu obedeço a arte.
E eis que nasce Mesmo Rio, uma história familiar dolorida, crua, honesta, viva. Lucas, Marília e Rita sopraram as suas histórias no meu ouvido por alguns meses. Eu dormia e acordava pensando neles, escutando seus medos e anseios.
Uma filha que rompe com a família por 10 anos.
Um reencontro que é, também, despedida.
O que é necessário pra conhecer alguém?
Quando uma relação desmorona e os escombros se espalham por todos os cantos, há espaço para reconstrução?
O livro está em pré-venda e, em breve, começa a ser distribuído pelo País.
Eu tô feliz. Pari muitas palavras.
Me aventurei na ficção, e amei.
Espero que vocês amem também.