É tão difícil sair dos ciclos que entramos quando estamos tristes, angustiados e angustiadas, ansiosas e ansiosas. Os sentimentos nos invadem e a gente quer fugir deles, e se endurece pra não sentir e a dor aumenta e a gente se esforça pra fingir que ela não existi ou pra não se entregar a ela porque, tão grande, ela vai nos engolir.
Não aprendemos a lidar com os sentimentos, com a forma que mexem com as nossas ações, com tudo que sacodem e transformaram na nossa vida.
A nossa educação nos ensinou a disfarçar, engolir, brigar, ignorar o sentir.
“Quer que eu te dê um motivo de verdade pra chorar?”
“Só chora por besteira!”
“Pare de chorar ou não te dou nada!”
Os adultos que nos cercavam, em sua maioria, não conseguiam lidar com as próprias emoções, como nos ajudariam a lidar com as nossas?
Nesse intenso e assustador mundo interno nós aprendemos a nos virar solitariamente. Quem te explicou o que é a raiva e te ajudou a lidar com ela? Quem te ajudou a reconhecer a sua tristeza?
Quem te ajudou a conhecer quem é você quando está frustrada(o), magoada(o) ou com medo?
Reconhecer a nossa inabilidade é essencial pra que a gente consiga lidar com ela.
Não existe botão de desligar a tristeza, o sentimento não vai embora quando você não olha pra ele.
Vira dedo apontado, briga, dor, doença.
Fica rodando em segundo plano e interferindo em tudo.
A gente se acostumou a dormir e acordar irritado, irritada, impaciente. O que não estamos ouvindo em nós?
Quando a raiva aparecer, escuta o que ela te conta.
Esse aprendizado vai, inclusive, te ajudar a entender os limites que estão ultrapassados e como defendê-los de maneira efetiva, nem que seja no grito!
Irritação constante é sinal de dor.
Como você está?